sábado, 5 de dezembro de 2009

Perdoado pela América e pelos patrocinadores, Tiger Woods batalha o perdão da mulher


Ana Ribeiro, iG São Paulo

gente tiger woods

Tiger Woods com a filha Sam e a mulher, Elin Nordegren, no dia 21 de novembro

Considerado o maior esportista vivo, e faturando como ninguém antes dele (em outubro, se tornou o primeiro atleta a atingir a marca de US$ 1 bilhão), o golfista número um do mundo, Tiger Woods, de 33 anos, vai perder dinheiro – mas nem tanto assim – com o escândalo que trouxe à tona suas diversas amantes. No dia 27 de novembro, Tiger se envolveu em um estranho acidente de carro em frente à sua casa, na Flórida. Ao volante de seu Cadillac preto, ele bateu sozinho em um hidrante e em uma árvore. Sua mulher, a ex-modelo sueca Elin Nordegren, de 29 anos, bateu contra seu carro com um taco de golfe, quebrando vidros, faróis e amassando a lataria, supostamente na tentativa de retirá-lo do automóvel.

 

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Vidro do carro do golfista após o acidente


Depois se soube que a mulher tinha sido o motivo inicial de o golfista sair de casa em alta velocidade. Ela o estaria perseguindo, furiosa, após descobrir que Tiger era um traidor serial. Na lista de suas conquistas estão a promoter do Club NYC, Rachel Uchitel, a garçonete Jaime Grubbs, de 24 anos, que revelou em uma entrevista para o jornal britânico The Sun que era amante do esportista e que teve mais de 20 encontros com ele durante um ano e meio, e Kalika Moquin, que trabalha no The Bank Nightclub, em Las Vegas. Kalika chegou a declarar que a relação entre eles se limitava a um profissional "como vai você, está se divertindo em Las Vegas?", mas o fato é que a própria moça adorava espalhar a notícia de que estava dormindo com ele. Depois de revelar para a imprensa internacional que tivera um caso com o golfista, Rachel Uchitel se ofereceu para dar uma entrevista coletiva sobre seu affaire nos Estados Unidos. Horas antes, porém, desmarcou. De acordo com o site Radar.com, Tiger teria oferecido US$ 1 milhão pelo seu silêncio.

 

 

Jaime, Rachel e Kalika: as supostas amantes de Tiger Woods


Tiger começou o seu mea-culpa. Postou desculpas à família em seu site oficial, dizendo que "me arrependo com todo meu coração dessas transgressões... Não estou livre de erros e estou bem longe de ser perfeito".


Elin, mãe dos dois filhos de Woods e sua mulher desde 2004, tem recebido incentivos para perdoá-lo. Se continuar casada com ele, recebe de cara US$ 5 milhões. Consta que o contrato pré-nupcial do casal previa que ela receberia US$ 20 milhões ao fim 10 anos de casamento, e que esses valores foram multiplicados. Teriam sido oferecidos US$ 55 milhões adicionais e, caso o casamento dure mais 7 anos, o valor subiria para US$ 80 milhões.

 

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Elin Nordegren com o filho mais novo do casal


Os patrocinadores já o perdoaram. Ao contrário do que aconteceu com o nadador Michael Phelps, que perdeu todos os seus patrocínios depois que um vídeo que o mostrava fumando maconha caiu na rede, as marcas Nike, Gatorade, Gillette e EA Sports já declararam sua intenção de permanecer com Woods. Só com a Nike o esportista fatura US$ 30 milhões por ano.

 

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Woods: perdoado pela Nike e pelos outros patrocinadores


Aparentemente, traição é um pecado menor que um baseado. Segundo o jornalista Terry Lefton, do Sports Business Daily, "depois do episódio envolvendo o presidente Bill Clinton, descobrimos que a América está disposta a perdoar traições". Para Dan Wetzel, do Yahoo, tudo isso vai para debaixo do tapete tão logo Woods volte a jogar. "Vencer é o melhor remédio", escreveu ele.


Tiger conquistou na carreira 14 títulos de Majors, a série mais importante do golfe, e foi a grande voz – e rosto -- da campanha que resultou na inclusão do golfe nos Jogos Olímpicos-2016, que serão disputados no Rio de Janeiro.

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