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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pesquisadores montam guia com dicas para dormir bem

Quem sofre na hora de dormir tem mais risco de desenvolver doenças cardíacas, e até impotência.

 

Bom Dia Brasil 

Ao todo, 43% dos brasileiros sofrem, hoje, de algum distúrbio do sono. Destes, pelo menos, 20 milhões têm um problema grave de insônia.

 

Se você está dentro dessas estatísticas, chegou a hora de fazer as pazes com o travesseiro. Pesquisadores montaram um guia com dez dicas supersimples para você dormir bem. Todas elas comprovadas pela ciência.

O que acontece quando você dorme mal? "Fico irritada o dia todo", conta uma jovem. "O corpo fica quebrado", diz um senhor. "Acabo dormindo na aula", revela um rapaz. "Não consigo fazer nada direito", ressalta uma mulher.

Dormir mal não é brincadeira. Pesquisas mostram que 10 mil pessoas morrem todo ano no Brasil em acidentes de trânsito causados por distúrbios do sono. E não é só isso: quem sofre na hora de dormir tem mais risco de desenvolver doenças cardíacas, e até impotência.

A boa notícia é que a ciência tem dez dicas muito simples para você dormir bem. A primeira é para quem sofre de insônia.

Dominic Diamond é escritor e fica acordado a noite toda. Pelo menos 20 milhões de brasileiros são como ele: não conseguem dormir de jeito nenhum. Dominic procurou um dos maiores especialistas do mundo em insônia. A única saída para ele é uma terapia de choque: reduzir o tempo que ele passa na cama a, no máximo, seis horas: mesmo que ele acorde morrendo de sono.

Na primeira noite, Dominic foi para a cama às 2h da madrugada e levantou às 8h. Mas só dormiu, de fato, quatro horas, e de sono picado. Agora, para a terapia dar certo, ele vai ter de passar o dia bem longe da cama. Aliás, sonecas em qualquer parte da casa estão proibidas. "Faria qualquer coisa para ter mais meia hora de sono. Pagaria uma fortuna", disse o escritor.

Mesmo cansado, Dominic segue firme com as orientações do médico. Menos de uma semana depois, vem o primeiro avanço: finalmente, uma noite inteira de sono contínuo. "Até que eu dormi bem ontem à noite", contou ele.

Dominic ficou tão bem humorado que os filhos nem reconheceram o pai. A terapia durou quatro semanas e foi um sucesso. Então, dica número 1: se quiser vencer a insônia, evite cochilar durante o dia e saia da cama sempre no mesmo horário.

A dica número 2 é para quem não sofre de insônia, mas precisa repor o sono depois de uma noite mal-dormida. A velejadora Dee Caffari, que viaja sozinha, por exemplo, não pode se dar ao luxo de dormir uma noite inteira. Vive de sonecas. "Nos últimos três dias, eu dormi duas horas e meia. Estou péssima", lamenta.

Com a ajuda de cientistas ligados ao esporte, Dee Caffari descobriu que até para tirar uma soneca tem hora certa: entre 14h e 17h, e durante meia hora. Não adianta tentar dormir entre 7h e meio-dia ou entre 18h e 20h, porque o corpo não quer saber de descanso nessas horas. O sono não vai ser restaurador.

Com essa valiosa informação, Dee Caffari passou a programar suas sonecas. Três meses depois, se tornou a primeira velejadora solitária a dar a volta ao mundo, sem paradas. Então já sabe: o melhor horário para tirar uma soneca depois de uma noite mal dormida é entre 14h e 17h.

Dica número 3: cuidado com o ronco. "O ronco nada mais é do que a vibração do palato mole, do céu da boca, durante o sono na hora em que eu inspiro", explica a neurologista Andrea Bacelar. "Eu acordo com o meu ronco", conta um rapaz.

Não é só a felicidade do casal que está em jogo. O ronco pode causar pressão alta, derrames e até infarto. Felizmente, casos leves e moderados têm tratamento simples.

"Um dos aparelhos é um aparelho que é colocado dentro da boca. Ele traz a mandíbula para frente e isso tensiona o céu da boca. Outro aparelho são hastes que são implantadas exatamente no céu da boca, que é onde vibra. E isso gera uma cicatrização dessa região e evita essa vibração, fazendo com que diminua ou cesse o ronco", afirma a médica.

Mas atenção: "Se estiver roncando e ocorrer muitas vezes a apneia, que é parar de respirar durante a noite, é testemunhada pelo parceiro, esse é o momento de procurar ajuda", indica a neurologista Andrea Bacelar.

A dica número 4 é para quem viaja de avião. Cientistas descobriram que existe uma forma simples e eficiente de se adaptar a um novo fuso horário. Durante o voo, aproveite para dormir e não coma nada. Deixe para fazer a próxima refeição em terra firme, de acordo com o horário local. O relógio biológico que controla a fome vai ajudar você a entrar no novo fuso horário. E você vai dormir na hora certa.

Dica numero 5: aposte nas ervas. Estudos recentes, feitos na Inglaterra e nos Estados Unidos, mostram que o cheiro da lavanda pode aumentar a fase do sono profundo e melhorar a qualidade do seu descanso em até 20%.

Outra plantinha que ajuda a relaxar é a valeriana, também conhecida como erva-dos-gatos, ou erva-de-São-Jorge. Basta um chazinho antes de ir para cama. É um calmante natural e não causa dependência.

Agora, responda: você é daqueles que chegam em casa estressados e custam a relaxar? Ou será que você está no time dos que sofrem para acordar cedo? É hora de voltar ao nosso guia da ciência para você dormir bem, com as outras cinco dicas práticas e bem simples para ter uma boa noite de sono.

Cientistas e médicos afirmam que dormir bem é tão importante para o corpo humano quanto comer. "A gente precisa do sono para manter e para restaurar toda a energia do corpo", ressalta a neurologista Andrea Bacelar.

E o que você come antes de dormir pode determinar a qualidade do seu sono. Então, a dica número 6: cuidado com o que você vai jantar.

Estudos mostram que uma refeição rica em carboidratos, como pães, massas e batatas, induz à sonolência. Isso acontece, porque, durante a digestão, os carboidratos fazem com que o cérebro libere uma substância que ajuda a promover o sono: a serotonina. Já a ingestão de proteínas, como carnes, peixes e feijão, faz exatamente o contrário. A produção de serotonina diminui e, com isso, ficamos mais acordados. Mas, atenção: faça sua última refeição duas a três horas antes de ir para a cama.

Dica número 7: respeite os ciclos do sono. Por exemplo, você sabe o que acontece com o seu corpo quando você toma café ou vinho? "Vinho dá sono. Ajuda a dar sono", diz uma mulher. Será?

Dois voluntários vão ajuda a medir os efeitos do café e do vinho na qualidade do sono. Holly tomou três xícaras de café. E James, três taças de vinho.

Durante toda a noite, o sono dos dois foi analisado. Holly, que tomou café, custou a dormir e ficou mais tempo no sono superficial do que no sono profundo. James, que tomou vinho, de fato, capotou em poucos minutos, mas acordou exausto. É que durante a madrugada, por causa do álcool, ele atingiu o sono profundo menos vezes do que Holly.

"Indivíduos que tomam álcool, logo antes de dormir, vão ter uma diminuição ou uma completa abolição dessa fase do sono que todos nós precisamos ter para estar bem no dia seguinte, que é a fase do sono em que a gente sonha", explica o pesquisador Rogério Santos da Silva, do Instituto do Sono.

Dica número 8: essa é para quem precisa acordar cedo, como Kate, que apresenta o primeiro noticiário do dia em um canal de TV na Inglaterra e está sempre com sono.

À noite, Kate se prepara para tomar uma pílula. Está achando que é remédio para dormir? Mas o comprimido, na verdade, é um sensor eletrônico que vai medir a temperatura interna de Kate ao longo das horas. As informações vão ser transmitidas para um receptor.

Depois de um banho quente, a temperatura interna de Kate sobe de 37,5º C para 38,5º C. Mas, ao contrário do que se pensa, não é o aumento do calor que vai induzir Kate a um sono gostoso. É justamente o contrário. Assim que ela sai do banho, a temperatura dela começa a cair. E é esse resfriamento interno que leva ao sono.

Mas no verão não dá nem para pensar em banho quente. A dica é tomar uma ducha morna, uma hora antes de dormir e procurar o lugar mais arejado e fresco da casa e esperar o sono chegar.

E a gente tem mais uma dica para quem precisa estar de pé antes do sol raiar. A dica 9 é que a luz azul pode ajudar você a acordar mais rápido.

Kate fez o teste. Acordou às 3h, como de costume, só que desta vez tomou café da manhã diante de uma lâmpada azul especial. Testes de saliva revelaram que, em apenas meia hora, a produção do hormônio responsável pelo sono, a melatonina, caiu 60%. Kate se sentiu bem mais acordada.

O truque funciona, porque essa lâmpada azul é reconhecida por células que ficam no fundo do olho, na retina, como sendo a luz do dia. E são exatamente essas células que avisam o cérebro quando o dia amanheceu, mesmo quando estamos dormindo. O cérebro, então, para de produzir o hormônio do sono, e a gente começa a acordar.

A 10ª e a última dica é dedicada aos estressados, aqueles que chegam em casa pensando no trabalho e custam a relaxar. Russel Kane é comediante e locutor de rádio. Não consegue ficar parado nem por um instante. Por isso, é a cobaia ideal para testar uma técnica simples e rápida de relaxamento.

Quando estamos estressamos, nossos músculos ficam tensos. Agora, Russel vai contrair cada parte do corpo com o máximo de intensidade e, logo depois, vai soltar a tensão. Ele contrai os pés e depois relaxa. Contrai as pernas e relaxa. E daí por diante: o bumbum, a barriga, os braços, mãos, até chegar ao rosto. Contrai e relaxa. Depois de 20 minutos, Russel está quase dormindo. Exames mostraram que os níveis de cortisol, o hormônio ligado ao estresse, caíram drasticamente com esse relaxamento.

"Agora, é lógico que existem pessoas que já fazem uso de todas essas dicas e, mesmo assim, não é suficiente. Esse é o momento de procurar o médico e não de utilizar os remedinhos, tranquilizantes e remédios tarjas pretas dos parentes, do marido da mãe, porque, muitas vezes, esses remédios podem gerar dependência, podem piorar a memória, podem gerar depressão, podem piorar o ronco e a apneia. E isso não é a coisa certa", alerta a neurologista Andrea Bacelar.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tecnologia permite leitura 100 mil vezes mais rápida de HDs

Uma tecnologia laser de impulsos ultracurtos permite multiplicar por 100 mil a velocidade de leitura e arquivamento de discos rígidos de computador, segundo os resultados de pesquisas divulgados neste domingo por uma equipe científica francesa na revista especializada Nature Physics.

Em vez de utilizar a polarização de elétrons nas cabeças de leitura para ler informações ou escanear as mesmas em um suporte como um disco rígido ou uma fita magnética, a equipe liderada por Jean-Yves Bigot, do Instituto de Física e Química de Materiais de Estrasburgo (leste da França), utilizou fótons, as partículas que constituem a luz e emitem os raios laser.

"Com a escrita da cabeça magnética falamos de eletrônica do spin. Nosso método é a fotônica do spin, já que são os fótons os que modificam o estado de imantação dos eletróns no suporte de inscrição", explicou Bigot.

Em 1988, o francês Albert Fert e o alemão Peter Grunberg conseguiram controlar o estado dos elétrons em fitas finas depois de evidenciar uma propriedade denominada magneto-resistência gigante. A descoberta valeu o prêmio Nobel de Física em 2007.

Primeiro supercomputador pessoal chega ao mercado britânico

O primeiro supercomputador pessoal do mundo, 250 vezes mais rápido do que um PC comum, foi lançado em Londres na última quinta-feira. Considerado uma revolução tecnológica, o Tesla está sendo vendido no Reino Unido e custa mais de 4 mil libras.

Enquanto supercomputadores comuns consomem milhões de dólares para sua manutenção e são tão grandes que ocupam salas inteiras, o Tesla vai custar entre 4 mil e 8 mil libras e se parece com os PCs tradicionais que temos em casa, segundo informações do site Times Online.

A máquina é equipada com inovadores GPUs (unidades de processamento gráfico) da Nvidia capazes de gerenciar várias tarefas simultaneamente da mesma forma que os tradicionais supercomputadores, informou o jornal inglês Daily Mail. A Nvidia diz que para baixar um filme para um iPod, por exemplo, seriam necessários apenas 20 minutos - em vez das 6 horas que um sistema tradicional leva para completar a mesma tarefa.

O novo supercomputador pode revolucionar pesquisas médicas e científicas. Segundo o Telegraph, cientistas acreditam que a máquina pode ajudar a descobrir a cura para doenças como câncer e malária com mais rapidez do que os métodos tradicionais de pesquisa. Pacientes também seriam beneficiados pelo processamento mais rápido de exames, diminuindo significativamente o tempo de espera pelos resultados.

Estudantes de doutorado nas universidades de Cambridge e Oxford e do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) já estão usando supercomputadores pessoais para pesquisa, afirmou o Daily Mail.

Segundo o Telegraph, a Dell anunciou que irá lançar supercomputadores pessoais no mercado em breve.


O Tesla é 250 vezes mais rápido que um PC comum

O Tesla é 250 vezes mais rápido que um PC comum

Enigma de formas matemáticas é resolvido após 45 anos


Objetos equivalentes topologicamente são aqueles que podem se converter uns nos outros por deformação, mas sem rompimentos: por exemplo, uma rosquinha ... Foto: Nature
Objetos equivalentes topologicamente são aqueles que podem se converter uns nos outros por deformação, mas sem rompimentos: por exemplo, uma rosquinha e uma xícara de café
14 de maio de 2009
Foto: Nature

Uma equipe de três pesquisadores resolveu um problema matemático de 45 anos da topologia. O problema da invariante de Kervaire era "um dos maiores problemas existentes na topologia algébrica e geométrica" afirma o matemático Nick Kuhn, da Universidade da Virgínia em Charlottesville.

"A maioria das pessoas pensava que nunca viveria para ver a solução", acrescenta Mark Hovey, topólogo algébrico da Universidade Wesleyan, em Middletown, Connecticut. "Muitos pensaram que o haviam resolvido, mas estavam errados."

"A solução desse problema parece indicar novas e profundas conexões entre topologia de um lado e álgebra e teoria dos números do outro", afirma o matemático Allen Hatcher, da Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York. "A exploração dessas novas conexões enriquecerá o campo nos anos que virão."

Embora à primeira vista pareça de compreensão extremamente difícil, a matemática aplicada na solução pode ser importante para a teoria quântica e a teoria das cordas, sem mencionar a teoria das branas, que tem sido utilizada para explorar certas questões da cosmologia do Big Bang.

Enigma Topológico
Mike Hopkins, da Universidade Harvard, Douglas Ravenel, da Universidade de Rochester em Nova York, e Mike Hill, da Universidade da Virgínia em Charlottesville, anunciaram em abril sua solução para o problema em uma conferência em Edinburgo, Reino Unido.

A topologia algébrica é uma forma de descrever as propriedades que objetos de mesma topologia têm em comum. Objetos equivalentes topologicamente são aqueles que podem se converter uns nos outros por deformação, mas sem rompimentos: uma esfera e um ovo, por exemplo, ou uma rosquinha e uma xícara de café.

Tais objetos podem ser curvas, superfícies ou entidades com mais dimensões e são coletivamente chamados de variedade. A topologia algébrica os classifica de acordo com certas quantidades invariáveis relacionadas à sua geometria. Trata-se "da relação entre números e formas", explica Hopkins.

Em 1960, o matemático francês Michel Kervaire identificou tal invariável para variedades lisas de dimensão n. Essa invariante de Kervaire era em geral igual a zero. Mas rapidamente ficou claro que variedades com uma invariante de Kervaire igual a 1 existem em dimensões 2, 6 e 14, e outros exemplos para dimensões 30 e 62 foram descobertos em poucos anos.

Esses números compartilham a característica de serem todos iguais a uma potência de 2 menos 2 (por exemplo, 30 = 25 - 2). Em 1969, um matemático de Princeton, William Browder, demonstrou que não existem variedades com invariantes de Kervaire diferentes de zero fora dessas dimensões especiais.

Mas o que matemáticos realmente queriam era uma prova geral para determinar se a invariante era igual a 1 ou zero para todos os valores de n.

Ciência das Branas
Foi isso que Hopkins e seus colegas encontraram -- e eles afirmam que a invariante de Kervaire é sempre zero para todo n maior que 126. Isso corresponde ao que matemáticos intuitivamente esperavam. O caso do 126 em si é ainda ambíguo.

A matemática usada para essa solução foi desenvolvida por Hopkins, que Hovey chama de "claramente o topólogo algébrico líder da atualidade", e outros. "O trabalho é baseado em novas idéias conceituais", afirma Hovey, que acrescenta, "estou muito confiante de que esteja correto".

"De certa forma, a solução do problema da invariante de Kervaire é como a prova do último teorema de Fermat na década de 1990", afirma Hatcher. "A importância recai sobre as novas ferramentas, técnicas e idéias desenvolvidas para se conseguir a solução."

Como a nova abordagem envolve olhar os problemas topológicos de uma variedade pela perspectiva de um espaço com mais de uma dimensão, ela é análoga ao uso de cordas de uma dimensão como a base de partículas fundamentais de zero dimensão (como pontos). De forma semelhante, tornou-se popular entre cosmólogos o estudo do comportamento do espaço-tempo pela perspectiva de "branas" de várias dimensões que interagem entre si. É por isso que estudar o problema da invariante de Kervaire pode criar técnicas matemáticas úteis para a física fundamental.

Código inquebrável feito de luz está mais perto de ser real

Códigos que não podem ser quebrados sem revelar quem são os hackers podem estar no horizonte, graças a uma equipe de físicos austríacos que enviaram pares de fótons emaranhados a uma distância de aproximadamente 143 km.

» Tecnologia permite leitura 100 mil vezes mais rápida de HDs
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Fótons emaranhados são pares de partículas comuns de luz que estão misteriosamente conectados em nível quântico. Em cada par, um fóton parece "saber" o que ocorreu com o outro independente da distância que os separa. Albert Einstein uma vez se referiu a este efeito como "assustadora ação à distância".

Criptógrafos acreditam que esta propriedade torna os fótons emaranhados ideais para o envio de mensagens secretas. Embora esse método não evite a interceptação de uma mensagem, ele consegue revelar um "espião" instantaneamente por meio da ação dos pares de fótons emaranhados.

"Você saberá imediatamente que houve alguém na linha", disse Anton Zeilinger, membro da equipe de pesquisadores da Universidade de Viena.

Encontrando os fótons
Transmitir fótons a longas distâncias é difícil, pois o feixe de luz perde intensidade rapidamente, como a luz de uma lanterna. Isso torna os fótons emaranhados mais difíceis de serem detectados quanto maior o trajeto percorrido.

"Perdemos muitos fótons devido à dispersão na atmosfera e à absorção", afirmou Zeilinger. "Somente cerca de 1 em 10 milhões chega ao outro lado."

Produzir detectores que possam "encontrar" os fótons chave em meio à luz de fundo é, portanto, uma parte crucial do experimento.

Anteriormente, a equipe havia conseguido detectar membros isolados de pares emaranhados enviados a uma distância de 144 km. Para sua pesquisa, publicada recentemente no periódico especializado Nature Physics, Zeilinger e seus colegas tornaram seus detectores suficientemente sensíveis para enviar ambos os membros de um par e encontrá-los juntos em uma localização definida.

O próximo passo seria enviar cada um dos fótons emaranhados para um receptor diferente, abrindo a primeira porta para fontes distantes enviarem mensagens codificadas entre si por meio de uma conexão de satélite.

Segurança na internet e 'ação assustadora'
O premiado escritor de ficção científica e futurista Robert J. Sawyer acredita que o maior beneficiário das mensagens quânticas no curto prazo será o comércio eletrônico, para o qual as transmissões cifradas de informação são vitais na prevenção de roubos. Contudo, a expansão da transmissão de mensagens codificadas pelo planeta está apenas começando.

"Em teoria, partículas emaranhadas permanecerão ligadas entre si a despeito da distância que as separam," diz Sawyer. Por essa razão, elas poderão ser, um dia, utilizadas para a comunicação interestelar.

Carl Frederick, físico e escritor de ficção científica de Ithaca, no estado norte-americano de Nova York, é cético acerca da possibilidade de partículas emaranhadas serem usadas algum dia para a transmissão de mensagens "reais". Isso porque as mudanças nos fótons interligados se parecem mais com o resultado de um jogo de cara ou coroa. Os lançamentos podem ser os mesmos em ambos os lados, mas o resultado é basicamente aleatório.

"Se você jogar uma moeda para cima, você não tem nenhum controle sobre o resultado, logo, você não pode utilizar isso como uma mensagem voluntária do tipo 'me encontre ao meio-dia'", afirma Frederick.

O escritor de ficção científica Jerry Oltion de Eugene, no Estado do Oregon, discorda.

"Você simplesmente precisa estabelecer um código à frente do tempo", defendeu ele por e-mail. "Se eu alterar o fluxo de fótons para um décimo de segundo, trata-se de um ponto. Dois décimos de segundo, será um traço. Com esse padrão pré-estabelecido, você pode enviar mensagens em código Morse. Um pouco mais de sofisticação permitiria o envio de mensagens de texto - um grau ainda maior de complexidade possibilitaria que enviássemos voz, ou até mesmo vídeos", acrescentou Oltion.

"Com a codificação correta, não vejo razão para que mensagens complexas em tempo real não possam ser enviadas por meio dessa 'assustadora ação à distância'".


Máquina alemã Enigma teve o código decifrado e antecipaou o fim da II Guerra. Fisicos buscam agora códigos quânticos.

Máquina alemã Enigma teve o código decifrado e antecipaou o fim da II Guerra. Fisicos buscam agora códigos quânticos.

Hologramas desafiam limite de armazenamento de dados

Eric Hand

Os zeros e uns que impulsionam o mundo digital - a passagem de elétrons por um transistor ou discos rígidos dependentes da rotação intrínseca dos elétrons - estão sendo comprimidos em espaços cada vez menores. Pensava-se que o limite já havia sido estabelecido: não mais que um bit de informação poderia ser codificado em um átomo ou elétron. Mas agora, pesquisadores da Universidade Stanford em Palo Alto, Califórnia, usaram outra propriedade do elétron - sua tendência a saltar probabilisticamente entre diferentes estados quânticos - para criar hologramas que comprimem informações em espaços subatômicos. Ao codificar informação no formato de quantum do elétron, ou função de onda, os pesquisadores conseguiram criar um desenho holográfico contendo 35 bits por elétron.

"Nossos resultados desafiarão alguns pressupostos fundamentais que as pessoas tinham sobre os limites máximos de armazenagem de informação," disse o estudante de pós-graduação Chris Moon, um dos autores do trabalho publicado na Nature Nanotechnology.

Rompendo o limite
Os pesquisadores construíram uma tradição de inscrever informações em pequenos espaços que começou quando o eminente físico Richard Feynman perguntou em 1959, "por que não podemos escrever os 24 volumes da Enciclopédia Britannica na cabeça de um alfinete?" Um marco foi alcançado em 1989, quando os pesquisadores da IBM manipularam átomos de xenônio em uma placa de níquel para soletrar as letras "IBM" em um espaço com apenas alguns nanômetros de largura. O desafio de Feynman foi cumprido - e outros mais depois.

Mas Moon e seus colegas viram uma forma de diminuir o tamanho através do uso de uma analogia quântica do holograma convencional. Eles usariam as propriedades quânticas dos elétrons, ao invés de fótons, como fonte de "iluminação."

Usando um microscópio de corrente de tunelamento, eles colocaram moléculas de monóxido de carbono sobre uma camada de cobre ¿ sua placa holográfica. As moléculas foram posicionadas para criar padrões pontuados que resultariam em um "S" holográfico. O mar de elétrons que existe naturalmente na superfície da camada de cobre serviu de iluminação. Assim como uma pedra atirada em um lago cria padrões ondulados, esses elétrons interferem nas moléculas de carbono para criar um holograma quântico.

Os pesquisadores lêem o holograma usando o microscópio para medir o estado da energia da função de onda de um elétron. Eles mostraram que poderiam ler um "S" - de Stanford - com medidas de até 0,3 nanômetros.

Circuitos Quânticos
Além de romper o limite atômico de armazenagem de informação, os pesquisadores demonstraram uma das características essenciais da holografia. Eles sobrepuseram duas camadas, ou páginas, de informação - nesse caso, um "S" e um "U" - dentro do mesmo holograma. Eles distinguiram cada página rastreando elétrons em diferentes níveis de energia no holograma.

Isso levou a equipe de Stanford a pensar na criação de circuitos quânticos. Ao codificar o "S," os pesquisadores se concentraram na densidade do elétron em alguns pontos e níveis de energia. E uma concentração de elétrons no espaço é, basicamente, um fio. Isso levou o co-autor do estudo Hari Manoharan a pensar no uso de hologramas como circuitos quânticos sobrepostos - que podem no futuro ser necessários como fios condutores de um computador quântico. "Você mudaria o nível de energia e alcançaria um conjunto diferente de fiação," ele disse.

O resultado é "muito interessante," diz Alexander Sergienko, físico de óptica quântica da Universidade Boston de Massachusetts. Mas ele diz que a técnica ainda está longe de ter qualquer aplicação prática. A holografia óptica convencional - que possui sua própria comunidade de pesquisadores tentando armazenar informações com maior densidade - pode tirar proveito das câmeras com dispositivo de carga acoplada (CCD na sigla em inglês) para ler a informação em paralelo. A holografia de quantum de elétron, por enquanto, requer um microscópio de tunelamento, que atravessa o holograma mais lentamente.

"Para que ele seja prático, alguém precisa pensar no futuro desenvolvimento de sistemas de leitura," Sergienko diz. "No momento, isso é uma excelente prova de princípio."


S e U, iniciais de Stanford University, são projetadas em um holograma minúsculo

S e U, iniciais de Stanford University, são projetadas em um holograma minúsculo

Novo disco pode ter capacidade 10 mil vezes maior que DVD

CDs de "cinco dimensões" com uma capacidade 10 mil vezes maior que os DVDs atuais poderiam estar disponíveis no mercado daqui a 10 anos, afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira. Um time de cientistas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, informou que reunindo nanopartículas e uma dimensão de "polarização" à atual tecnologia, a capacidade de armazenamento pode ser aumentada ao extremo, sem mudar o tamanho dos discos atuais.

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Os pesquisadores, que assinaram um acordo com a Samsung Electronics, disseram que a técnica permitiu que armazenassem 1,6 terabytes de dados em um CD que potencialmente poderia, um dia, armazenar até 10 terabytes. Um terabyte é suficiente para armazenar cerca de 300 filmes de longa-metragem, ou 250 mil músicas. "Nós conseguimos demonstrar como material nanoestruturado pode ser incorporado a um CD para aumentar a capacidade de dados, sem aumentar o tamanho físico do CD", afirmou Min Gu, que trabalhou na pesquisa, em uma declaração.

"Estas dimensões a mais são a chave para a criação de CDs com super capacidade", acrescentou. Atualmente, os discos têm até três dimensões espaciais mas, usando nanopartículas, os pesquisadores dizem ter conseguido incluir uma dimensão espectral - ou colorida - além da dimensão de polarização.

Os pesquisadores, que publicaram suas descobertas na revista Nature, criaram a dimensão colorida ao inserir nanobastonetes de ouro na superfície dos CDs. Como a reação das nanopartículas à luz depende de sua forma, isso permitiu aos pesquisadores que registrassem informações de um série de diferentes comprimentos de onda de luz sob o mesmo ponto do disco.

Os DVDs atuais são gravados sob apenas um comprimento de onda de luz, usando um laser, disseram pesquisadores. Os pesquisadores também criaram uma dimensão extra usando polarização, uma técnica em que se projeta ondas de luz sobre o disco para gravar diferentes camadas de informações em diferentes ângulos.


Pesquisador segura o novo DVD, capaz de armazenar mais de 2 mil filmes  

Pesquisador segura o novo DVD, capaz de armazenar mais de 2 mil filmes


IBM desenvolve computador mais rápido do mundo

Sete meses depois de ter entregue o computador mais poderoso do mundo, a IBM anunciou nesta terça-feira que está desenvolvendo uma máquina ainda mais potente, um novo supercomputador Sequoia que será entregue em 2011 ao Departamento de Energia dos Estados Unidos. A máquina com velocidade de 20 petaflops (ou 20 mil trilhões de cálculos por segundo) será usada no Laboratório Nacional de Lawrence Livermore.

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O Sequoia será mais rápido que seu antecessor, entregue em junho ao Departamento de Energia e que superou a barreira do 1 petaflop. Peta é um termo que designa quadrilhão e FLOP refere-se a operações de ponto flutuante por segundo.

Segundo a IBM, o poder de computação do sistema Sequoia será maior que o de qualquer um dos sistemas atualmente listados no ranking Top 500 de supercomputadores.

O sistema conterá mais de 1.6 milhão de microprocessadores, colocados em uma série de 96 racks do tamanho de geladeiras. O supercomputador, segundo o site do Times, ficará numa área de 318 m² e usará apenas em torno de 6 megawatts de energia por ano - o equivalente ao consumo de 500 lares americanos em um ano.

O principal propósito do Sequoia é rodar complexas simulações para a pesquisa de armas nucleares, permitindo aos cientistas nucleares determinar quais são seguras atendendo ao requerido pelo programa de armazenagem da Administração Nacional de Segurança Nuclear do Departamento de Energia. Ele também poderá atuar em pesquisas de astronomia, energia, genoma humano e mudanças climáticas, com alto poder de precisão.

Os engenheiros da companhia também construirão o "Dawn", um outro supercomputador, com capacidade de 500 teraflops - ou 500 trilhões de cálculos por segundo -, que vai atuar como sistema de entrega para as operações de computação do Sequoia. Ambas as máquinas serão construídas em Rochester, Minnesota, no centro Blue Gene da IBM.

Números
Vinte petaflops em poder de computação é o equivalente a 3 milhões de computações para cada humano no planeta, por segundo. Seriam necessários 120 bilhões de pessoas - quase 20 vezes a população atual da Terra - usando calculadores por quase 50 anos para processar o que o Sequoia é capaz de fazer em um único dia. O custo do Sequoia não foi revelado, mas é estimado em bem mais de US$ 100 milhões.

(com sites e agências internacionais)

Aparelho de teletransporte estará pronto em 2010

Pesquisadores espanhóis estão trabalhando em um projeto da Agência Espacial Européia (ESA) sobre teletransporte quântico, que consiste no envio de um manual de instruções para reconstruir objetos idênticos em lugares distantes. O chamado transceptor, que estará pronto em junho de 2010, é o protótipo de um sistema que seria instalado no módulo Columbus da Estação Espacial Internacional (ISS) e enviaria fótons entrelaçados a duas estações terrestres.

As estações nas quais serão realizadas os testes, situadas a 1,4 mil km de distância uma da outra, estão localizadas nas regiões espanholas de Tenerife e Almería.

José Capmany, membro do Grupo de Comunicações Ópticas e Quânticas da Universidade Politécnica de Valência (UPV), explicou que o projeto consiste em uma série de experimentos que pretendem investigar o comportamento dos fenômenos quânticos no espaço.

Capmany assinalou que um dos fenômenos mais fascinantes a serem estudados no âmbito deste projeto é o teletransporte. "Deslocar indivíduos de um planeta a outro em um instante continua sendo ficção científica; no entanto, os cientistas acham possível transmitir o estado quântico de partículas microscópicas de um ponto do espaço a outro afastado do primeiro", afirmou.

O transceptor quântico terá dimensões pequenas (uma caixa de não mais de 20 cm de largura), peso limitado (menos de 3 kg) e baixo consumo (menos de 15 watts).

Pesquisas criam primeiros passos do teletransporte



Personagens vão de um lugar a outro num piscar de olhos na série  Jornada nas Estrelas Foto: Divulgação

Personagens vão de um lugar a outro num piscar de olhos na série Jornada nas Estrelas
26 de outubro de 2007
Foto: Divulgação

Pesquisas independentes na Áustria, Austrália e Dinamarca têm dado os primeiros passos no desenvolvimento de equipamentos de teletransporte. Os resultados ainda são rudimentares, e estão muito distantes do teletransporte clássico pelo qual as pessoas vão de um lugar a outro num piscar de olhos. Mas os pesquisadores envolvidos comemoram as conquistas.

Por enquanto, as pesquisas conseguiram trabalhar com o teletransporte quântico, como a transferência instantânea de fótons e átomos de um lugar para outro.

"O teletransporte foi idealizado para ser algo impossível de se conseguir. Entretanto, agora, sabe-se que é algo possível." A certeza é de Charles H. Bennett, da IBM Research, parte da equipe que foi pioneira no teletransporte quântico.

O conceito de teletransporte foi citado pela primeira vez pelo escritor Charles Fort, no livro Lo!, de 1941. Desde então virou tema recorrente em obras de ficção-científica como o filme A Mosca de 1986 e na série Jornada nas Estrelas.

Em entrevista à emissora CNN, Bennett desaponta os fãs da série ao explicar que o teletransporte de objetos e pessoas provavelmente não será alcançado a partir das atuais pesquisas. "Essa aura mística do teletransporte faz com que ele pareça algo muito complicado de se entender."

"Na verdade é mais simples do que parece. Nesse tipo de experimento que tem sido conduzido, o átomo em si não é transportado, mas sim a informação quântica desta partícula", explica.

Valerie Jamieson, editora de física da revista New Scientist também é cautelosa ao falar sobre os resultados do teletransporte quântico. "No teletransporte clássico, imaginamos, por exemplo, que, numa mesa de bilhar, uma bola que está girando desaparece de um ponto e se materializa em outro."

Jamieson conta que, no teletransporte quântico, as bolas continuariam no mesmo lugar, mas uma bola pára de girar e essa energia é passada para outra bola. "Para complicar as coisas, o processo de transporte destrói a bola original."

Mas essa pesquisa tem muito a contribuir com o cotidiano das pessoas, afirma o professor Neil Johnson do Departamento de Física da Universidade de Miami. Para ele, os resultados podem ser aplicados no desenvolvimento de disco rígidos com mais velocidade na hora de gravar os dados.

"Em tese, essa tecnologia poderia criar um disco com capacidade quase infinita e que acessasse informações numa velocidade próxima a da luz", aposta.

O teletransporte nas telonas
Bem antes de dar os primeiros passos no mundo real, o teletransporte teve papel de destaque no cinema. O pioneiro a levar o assunto para as telas foi o seriado de TV Jornada nas Estrela.

A frase "Beam me up, Scotty!", foi imortalizada pelo ator William Shatner, que vivia o capitão Kirk e era dita toda vez que ele desejava que o engenheiro-chefe da Enterprise o transportasse de volta à nave.

O teletransporte é um ícone tão presente na série, que em todas as suas franquias ele está presente.

Já o filme A Mosca, de 1986, e estrelado por Jeff Goldblum mostra o lado perigoso do equipamento ficcional. Na fita, Goldblum vive o cientista Seth Brundle que desenvolve um equipamento de teletransporte.

Durante um dos testes ele resolve usar-se como cobaia, sem perceber que uma mosca também entrou na célula de transferência. O teletransporte ocorre sem problemas. Mas a presença da mosca faz com que os dois sejam misturados. O cientista começa a passar então por uma horripilante metamorfose.

Robô militar americano salta obstáculos a 7,5 metros

O Exército dos Estados Unidos divulgou, pela primeira vez, imagens de um robô que é capaz de saltar obstáculos a mais de 7,5 metros de altura. O aparelho possui um mecanismo especial que o auxilia a pular sobre paredes ou cercas.

Na maior parte do tempo, o robô do tamanho de uma caixa de sapato usa suas quatro rodas para se movimentar. Mas o Precision Urban Hopper (saltador urbano de precisão, na tradução livre) pode usar uma "perna" ativada por um pistão para pular obstáculos como paredes ou cercas.

Segundo os responsáveis pelo seu desenvolvimento, o robô pode ser usado para auxiliar o trabalho de policiamento e vigilância em ambientes urbanos.

Eles estimam que o Precision Urban Hopper poderá começar a ser usado efetivamente no fim do ano que vem. O programa para o desenvolvimento do robô foi financiado pela Darpa, o braço de pesquisas do Exército americano.

BBC Brasil


Exército dos EUA apresenta mais um robô

Exército dos EUA apresenta mais um robô

Sistema move cadeira de rodas usando o pensamento

A Toyota anunciou um sistema que permite dirigir uma cadeira de rodas usando apenas as ondas cerebrais, sem que a pessoa precise mover qualquer músculo ou falar. Criado numa parceria com pesquisadores japoneses, a fabricante assegura que o novo sistema está entre os mais rápidos no mundo para analisar essas ondas:leva apenas 125 milissegundos, de acordo com a agência Associated Press.

No sistema da Toyota, o usuário da cadeira de rodas usa um capacete capaz de ler as ondas cerebrais, que são enviadas para um aparelho de eletroencefalograma que fica na cadeira e posteriormente analisadas por um software.

A pesquisa sobre mobilidade é parte da estratégia da Toyota para ir além dos automóveis na tentativa de ajudar as pessoas a se locomoverem. Segundo os pesquisadores, o novo sistema permite que o cadeirante vá para a esquerda ou direita e para a frente, quase instantaneamente.

Já o movimento de parar a cadeira exige mais que o simples pensamento: o cadeirante deve inflar a bochecha - onde está instalado, num sensor colado à pele, o controle dos freios da cadeira.

Outras companhias, como a Honda, têm trabalhado com sistemas que transformam ondas cerebrais em movimentos mecânicos. As tecnologias estão em desenvolvimento e nenhuma das empresas têm previsão de lançamento comercial para seus sistemas.



Cadeirante mexe com a bochecha quando quer parar a cadeira de rodas

Cadeirante mexe com a bochecha quando quer parar a cadeira de rodas

Cientista: cérebro artificial pode ser construído em 10 anos

Um cérebro humano artificial pode ser construído dentro dos próximos 10 anos, segundo Henry Markram, um proeminente cientista sul-africano. "Não é impossível construir um cérebro humano e podemos fazer isso em 10 anos", disse Markram, diretor do Blue Brain Project (BBP), à conferência acadêmica global TED na cidade de Oxford, na Inglaterra.

O BBP é um projeto científico internacional, financiado pelo governo suíço e doações de indivíduos, cujo objetivo é construir uma simulação computadorizada do cérebro de mamíferos. Markram já construiu elementos do cérebro de um camundongo. A equipe do cientista se concentra especificamente na coluna neocortical, conhecida como neocortex.

10 mil laptops
O projeto atualmente tem um modelo de software de dezenas de milhares de neurônios, cada um deles diferente, que os ajudou a construir, artificialmente, uma coluna neocortical. A equipe coloca os dados gerados pelos modelos junto com alguns algoritmos - uma sequência de instruções para solucionar um problema - em um supercomputador.

"Você precisa de um laptop para fazer todos os cálculos para um neurônio", disse ele. "Portanto você precisa de 10 mil laptops", afirmou. Em vez disso, a equipe usa um supercomputador com 10 mil processadores.

As simulações já começaram a fornecer pistas aos pesquisadores sobre o funcionamento do cérebro. Elas podem, por exemplo, mostrar ao cérebro uma imagem, como uma flor, e seguir a atividade elétrica da máquina, ou seja, como é feita a representação da imagem.

"Você estimula o sistema e ele cria sua própria representação", disse ele. O objetivo é extrair esta representação e projetá-la, permitindo que os pesquisadores vejam diretamente como o cérebro funciona.

Segundo Markram, além de ajudar na compreensão dos mecanismos do cérebro, o projeto pode oferecer novos caminhos para se entender os problemas mentais. "Cerca de dois bilhões de pessoas no planeta sofrem de distúrbios mentais", disse o cientista, reforçando os benefícios em potencial do projeto.

Pesquisadores treinam mentes para mover matéria


Aprender a mover um braço robótico apenas com o pensamento pode não ser diferente de aprender a andar de bicicleta Foto: The New York Times

Aprender a mover um braço robótico apenas com o pensamento pode não ser diferente de aprender a andar de bicicleta
24 de julho de 2009
Foto: The New York Times

Aprender a mover um cursor de computador ou um braço robótico apenas com o pensamento pode não ser diferente de aprender a jogar tênis ou andar de bicicleta, segundo um novo estudo sobre como cérebros e máquinas interagem. A pesquisa, realizada com macacos, mas com expectativas de ser aplicada em humanos, envolve uma redefinição fundamental dos experimentos cérebro-máquina.

Em estudos anteriores, as interfaces computadorizadas que traduzem pensamento em movimento recebiam novos conjuntos de instruções diariamente - o semelhante a acordar todas as manhãs com um novo braço que você precisa reaprender a usar.

Nos novos experimentos, macacos aprenderam a mover o cursor de computador com seus pensamentos usando apenas um conjunto de instruções e um número excepcionalmente pequeno de células cerebrais, que enviam as instruções para a realização de movimentos da mesma maneira, todos os dias.

"Essa foi a primeira demonstração de que o cérebro pode formar uma memória motor para controlar um dispositivo incorpóreo de uma forma que espelhe como ele controla seu próprio corpo", disse Jose M. Carmena, professor assistente de ciência cognitiva e da computação da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que liderou a pesquisa. Os experimentos foram publicados no periódico PloS Biology na segunda-feira.

Os resultados são muito "dramáticos e surpreendentes", disse Eberhard E. Fetz, especialista em tecnologia de interface cérebro-máquina da Universidade de Washington, que não estava envolvido na pesquisa. "Isso mostra que o cérebro é mais inteligente do que pensávamos."

Nesse experimento, assim como nos anteriores, eletrodos foram implantados diretamente no cérebro para registrar a atividade de uma população de 75 a 100 células que ajudam a guiar o movimento. Quando os animais movem uma mão ou braço, o padrão de atividade dessas células é registrado.

Posteriormente, o membro é imobilizado e os pesquisadores podem prever o que o animal quer fazer checando a atividade celular; esse padrão é então enviado para um tipo de decodificador - um algoritmo de computador que transforma os sinais cerebrais em comandos que uma máquina pode executar. Mas devido à variabilidade causada por movimentos dos eletrodos e mudanças nas células cerebrais, os pesquisadores presumiam que uma nova população de células ficasse no controle dos movimentos a cada dia. Eles recalibravam o decodificador todos os dias, e o sujeito precisava reaprender a tarefa - mover um cursor, alcançar algo com o braço mecânico - todas as vezes.

Carmena se perguntou o que aconteceria se mantivesse o descodificador constante enquanto este media a atividade de apenas alguns neurônios que sempre disparavam com uma mesma dada tarefa. Poderia um grupo inicialmente aleatório de 10 a 15 neurônios, com a prática, ser persuadido a formar uma memória motor estável? Poderia o cérebro, não o decodificador, realizar o aprendizado?

A equipe de Carmena treinou dois macacos a usarem um joystick para mover um cursor de computador em direção a alvos azuis em um círculo e extraíram um decodificador para os movimentos. Os animais, então, praticaram o movimento do cursor com seus pensamentos durante 19 dias. No início, as trajetórias dos cursores eram casuais. Mas com o tempo, o padrão de células disparando estabilizou e os macacos desenvolveram um modelo mental estável para o controle do cursor.

É exatamente assim que você aprende a andar de bicicleta ou a jogar tênis, disse Carmena. No início, seus movimentos são descoordenados. Mas, com o tempo, uma memória motor é gravada em seu cérebro. Carmena então decidiu testar a memória de seus macacos. Ele mudou o decodificador. Ao invés de mover o cursor para alvos azuis, por exemplo, a cor mudou para amarelo.

Em dois dias, os macacos aprenderam a nova tarefa usando o mesmo pequeno grupo de células, disse. Além disso, eles conseguiram transitar entre a execução das duas tarefas com facilidade. Eles tinham dois mapas mentais que não interferiam um no outro.

Isso é semelhante a aprender a jogar tênis em saibro ou grama, ou a trocar uma bicicleta de trilha por uma urbana, explicou. O cérebro pode adquirir múltiplas habilidades usando o mesmo conjunto de neurônios para executar diferentes movimentos.

Se as interfaces cérebro-máquina puderem ser usadas em humanos com segurança - algo ainda não garantido -, pessoas paralisadas podem um dia operar seus membros protéticos tão naturalmente quanto seus próprios, disse Carmena.

Tradução: Amy Traduções

Honda apresenta monociclo que simula movimento humano

A companhia japonesa Honda apresentou nesta quinta-feira um curioso dispositivo para facilitar os movimentos composto de apenas uma roda, mas que pode deslocar o ocupante em todas as direções, simulando o movimento humano.

O U3-X permite realizar deslocamentos sobre uma roda e mantém o equilíbrio, graças a uma tecnologia semelhante à que o fabricante japonês desenvolveu com o robô Asimo.

O compacto aparelho, em forma de oito, é colocado entre as pernas - como um banco - e pode ser dirigido através das inclinações do corpo do ocupante, uma técnica parecida à usada com o patinete elétrico Segway.

O novo aparelho permite ao usuário ajustar a velocidade, girar e se movimentar em todas as direções, assim como parar e manter o equilíbrio.

A Honda, que ainda está experimentando e trabalhando no desenvolvimento deste dispositivo ultracompacto, quer aplicar esta tecnologia a ambientes cotidianos para ver suas possibilidades de aplicação.

O U3-X foi elaborado para melhorar a mobilidade das pessoas, por exemplo, no local de trabalho, e mantém o usuário a uma distância próxima do chão e na mesma altura visual que os transeuntes.

A nova criação da Honda será apresentada junto com outras novidades no Salão do Motor de Tóquio, que começará em 24 de outubro.











Cientistas americanos aperfeiçoam hologramas em 3D

Cientistas americanos estão um pouco mais próximos de viabilizar o emprego de monitores holográficos. Pesquisadores da Universidade do Arizona desenvolveram um novo polímero no qual hologramas podem ser criados, apagados e recriados em questão de minutos.

Segundo o site Digital Trends, a criação de hologramas atualmente é um processo complexo, que envolve uma mistura de feixes de luz laser e que, por isso, é bastante demorado. O novo dispositivo consiste em uma espécie de filme plástico prensado entre dois pedaços de vidro, cada qual coberto com eletrodos transparentes. A imagem então é escrita no plástico sensível a luz por meio de feixes de laser e aplicada externamente a um campo elétrico.

As imagens obtidas de um objeto ou cena a partir de diversas perspectivas 2D são escaneadas e o monitor holográfico as monta em uma imagem 3D, explicou o site Science Daily.

Atualmente, imagens holográficas são utilizadas estaticamente em aplicações simples, como selos em cartões de crédito, que não podem ser apagados nem reescritos. Com um monitor holográfico, a tecnologia poderia ser aplicada em diversos outros campos, entre eles as áreas médicas, militare e industrial.

Uma equipe médica, por exemplo, poderá utilizar imagens holográficas de ressonâncias, enquanto um piloto de caça poderá avaliar seus arredores para localizar possíveis perigos. Embora atualmente a equipe de cientistas tenha utilizado apenas polímeros de 10 x 10 cm, este não é um limite, podendo ser fabricados em tamanhos superiores ou agrupados para gerar imagens tridimensionais maiores.

As indústrias de publicidade e entretenimento eventualmente se beneficiarão. "Imagine que quando você andar pelo supermercado ou loja de departamento, você poderá ver uma demonstração grande, dinâmica e 3D de um produto", explicou o professor Nasser Peyghambarian.

Entre os próximos passos dos pesquisadores estão o desenvolvimento de monitores ainda maiores e a redução do tempo de escrita com o uso de pulsos laser, criando imagens que possam diferenciar cores, mostradas atualmente apenas em vermelho.

Ainda que aplicações práticas e o consumo final estejam longe de ser viabilizados, a novidade é um passo à frente em equipamentos com os quais muitos fãs de ficção científica sonham, como o Holodeck, imortalizado na nave Enterprise da série Jornada nas Estrelas, por exemplo.

Hologramas poderão substituir videoconferências

Divulgação
Nova tecnologia foi apresentada na Austrália
Nova tecnologia foi apresentada na Austrália
A empresa australiana Telstra demonstrou uma tecnologia que pode mudar a forma como videoconferências são feitas. O presidente de tecnologia da companhia, Hugh Bradlow, conduziu uma apresentação ao vivo e à distância por meio de uma reprodução holográfica.

A transmissão lembra vários momentos da série de filmes Guerra nas Estrelas (Star Wars). Uma das cenas mais marcantes do episódio O Império Contra-Ataca, por exemplo, é a conversa holográfica entre Darth Vader e o Imperador. Como a tecnologia já está arraigada na cultura popular há pelo menos três décadas devido aos filmes de ficção científica, estima-se que será um sucesso de vendas.

O site The Inquirer explicou que Bradlow utilizou uma câmera de vídeo de alta definição para se filmar e através da rede enviou o sinal para um sistema de projeção inteligente que criou o holograma.

Bradlow ainda podia ver os participantes da conferência através de um grande painel, como se todos estivessem de verdade na mesma sala.

Ao jornal The Sydney Morning Herald, Bradlow explicou que a tecnologia pode ser aplicada a diversos setores, em ramos como educação, entretenimento e meios de comunicação, em um modelo de sistema que se espalhará por todos os tipos de negócios.

Ainda que tenha sido demonstrada, a tecnologia ainda deve demorar quatro ou cinco anos para estar disponível comercialmente e, posteriormente, atingir o mercado doméstico. Apesar da tecnologia já estar sendo considerada como pronta, a espera acontecerá para que a velocidade de conexão adequada e o custo da tecnologia estejam mais acessíveis.

Magnet

Hologramas desafiam limite de armazenamento de dados


Eric Hand

Os zeros e uns que impulsionam o mundo digital - a passagem de elétrons por um transistor ou discos rígidos dependentes da rotação intrínseca dos elétrons - estão sendo comprimidos em espaços cada vez menores. Pensava-se que o limite já havia sido estabelecido: não mais que um bit de informação poderia ser codificado em um átomo ou elétron. Mas agora, pesquisadores da Universidade Stanford em Palo Alto, Califórnia, usaram outra propriedade do elétron - sua tendência a saltar probabilisticamente entre diferentes estados quânticos - para criar hologramas que comprimem informações em espaços subatômicos. Ao codificar informação no formato de quantum do elétron, ou função de onda, os pesquisadores conseguiram criar um desenho holográfico contendo 35 bits por elétron.

"Nossos resultados desafiarão alguns pressupostos fundamentais que as pessoas tinham sobre os limites máximos de armazenagem de informação," disse o estudante de pós-graduação Chris Moon, um dos autores do trabalho publicado na Nature Nanotechnology.

Rompendo o limite
Os pesquisadores construíram uma tradição de inscrever informações em pequenos espaços que começou quando o eminente físico Richard Feynman perguntou em 1959, "por que não podemos escrever os 24 volumes da Enciclopédia Britannica na cabeça de um alfinete?" Um marco foi alcançado em 1989, quando os pesquisadores da IBM manipularam átomos de xenônio em uma placa de níquel para soletrar as letras "IBM" em um espaço com apenas alguns nanômetros de largura. O desafio de Feynman foi cumprido - e outros mais depois.

Mas Moon e seus colegas viram uma forma de diminuir o tamanho através do uso de uma analogia quântica do holograma convencional. Eles usariam as propriedades quânticas dos elétrons, ao invés de fótons, como fonte de "iluminação."

Usando um microscópio de corrente de tunelamento, eles colocaram moléculas de monóxido de carbono sobre uma camada de cobre ¿ sua placa holográfica. As moléculas foram posicionadas para criar padrões pontuados que resultariam em um "S" holográfico. O mar de elétrons que existe naturalmente na superfície da camada de cobre serviu de iluminação. Assim como uma pedra atirada em um lago cria padrões ondulados, esses elétrons interferem nas moléculas de carbono para criar um holograma quântico.

Os pesquisadores lêem o holograma usando o microscópio para medir o estado da energia da função de onda de um elétron. Eles mostraram que poderiam ler um "S" - de Stanford - com medidas de até 0,3 nanômetros.

Circuitos Quânticos
Além de romper o limite atômico de armazenagem de informação, os pesquisadores demonstraram uma das características essenciais da holografia. Eles sobrepuseram duas camadas, ou páginas, de informação - nesse caso, um "S" e um "U" - dentro do mesmo holograma. Eles distinguiram cada página rastreando elétrons em diferentes níveis de energia no holograma.

Isso levou a equipe de Stanford a pensar na criação de circuitos quânticos. Ao codificar o "S," os pesquisadores se concentraram na densidade do elétron em alguns pontos e níveis de energia. E uma concentração de elétrons no espaço é, basicamente, um fio. Isso levou o co-autor do estudo Hari Manoharan a pensar no uso de hologramas como circuitos quânticos sobrepostos - que podem no futuro ser necessários como fios condutores de um computador quântico. "Você mudaria o nível de energia e alcançaria um conjunto diferente de fiação," ele disse.

O resultado é "muito interessante," diz Alexander Sergienko, físico de óptica quântica da Universidade Boston de Massachusetts. Mas ele diz que a técnica ainda está longe de ter qualquer aplicação prática. A holografia óptica convencional - que possui sua própria comunidade de pesquisadores tentando armazenar informações com maior densidade - pode tirar proveito das câmeras com dispositivo de carga acoplada (CCD na sigla em inglês) para ler a informação em paralelo. A holografia de quantum de elétron, por enquanto, requer um microscópio de tunelamento, que atravessa o holograma mais lentamente.

"Para que ele seja prático, alguém precisa pensar no futuro desenvolvimento de sistemas de leitura," Sergienko diz. "No momento, isso é uma excelente prova de princípio."

Tradução: Amy Traduções

Nature

Experimento contradiz teoria de Albert Einstein

Um surpreendente fenômeno da mecânica quântica que o físico Albert Einstein chamou de "Fantasmagórica Ação à Distância" só poderia ocorrer a uma velocidade superior a dez mil vezes a da luz.

A afirmação foi feita por cientistas das universidades de Genebra na Suíça e do Imperial College de Londres no último número da revista científica britânica Nature.

Einstein deu esse nome à interação contínua entre fótons distantes entre si, mas que possuem uma propriedade da mecânica quântica derivada do entrelaçamento dessas partículas, de modo que as mudanças experimentadas por uma delas afetam imediatamente a outra.

A princípio, uma série de testes conhecidos no jargão científico como "desigualdades de Bell" parecem descartar uma explicação clássica dessas estranhas correlações entre fótons, mas isso poderia ocorrer se a velocidade de influência entre uma e outra superasse em dez mil vezes a da luz.

A equipe, dirigida por Daniel Salart, chegou a esta conclusão após uma experiência realizada entre dois povoados suíços distantes 18 quilômetros entre si.

A incrível velocidade considerada como mínima para que possa ocorrer semelhante fenômeno faz os cientistas pensarem que sua existência na natureza é "inverossímil".

EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Cientistas criam teletransporte por meio da luz

Apesar da tecnologia avançada da nova engenhoca, o teletransporte da famosa série  Jornada nas Estrelas  continuará uma fantasia  Foto: Arquivo/Getty Images
Apesar da tecnologia avançada da nova engenhoca, o teletransporte da famosa série Jornada nas Estrelas continuará uma fantasia
06 de fevereiro de 2009
Foto: Arquivo/Getty Images


Sem o drama da frase de Alexander Graham Bell ao telefone, "Senhor Watson, venha cá!", ou o charme do Star Trek original, cientistas conseguiram ainda assim um marco nas comunicações: teletransportar a identidade quântica de um átomo para outro a alguns centímetros de distância.

A engenhoca responsável é um misto de câmara de vácuo, fibra ótica, lasers e divisores óticos semitransparentes no laboratório do Instituto Joint Quantum em Maryland, nos Estados Unidos. Mesmo no futuro distante, o teletransporte da série Star Trek provavelmente continuará uma fantasia, mas o mecanismo pode se tornar um importante componente em novos tipos de comunicação e computação.

O teletransporte quântico depende do entrelaçamento, um dos mais estranhos dos já muito estranhos aspectos da mecânica quântica. Duas partículas podem se "entrelaçar" em uma entidade única, uma mudança em uma instantaneamente modifica a outra mesmo se ela estiver a grandes distâncias. Físicos já demonstraram que conseguem usar o teletransporte para transferir informação de um fóton para outro e entre átomos próximos. Na nova pesquisa, os cientistas usaram a luz para transferir informação quântica entre dois átomos bem separados.

"Essa abordagem híbrida que demonstramos parece ser uma forma interessante de prosseguir," disse Christopher Monroe, físico da Universidade de Maryland e autor de um artigo descrevendo a pesquisa na edição de 23 de janeiro do periódico Science.

Os computadores digitais atuais armazenam informações com os números zero e um. Em um futuro computador quântico, um bit de informação poderá ser tanto zero quanto um ao mesmo tempo (em essência, o resultado de um jogo de cara ou coroa quântica seria tanto cara quanto coroa até que alguém de fato olhasse para a moeda, instante no qual a moeda se tornaria imediatamente uma das duas faces.) Em teoria, um computador quântico poderia calcular certos tipos de problemas muito mais rápido que computadores digitais.

No experimento, os dois íons de itérbio, resfriados a uma fração de um grau acima do zero absoluto, serviram de moedas quânticas. Um pulso de microondas registrou uma informação quântica em um deles; um segundo pulso de microondas pôs o íon no estado de probabilidades iguais de um cara ou coroa.

Um laser então induziu cada íon a emitir exatamente um fóton, coletado por uma lente e guiado através da fibra ótica para o divisor ótico, que poderia refletir os fótons ou deixá-los passar. Dois detectores os capturaram e então registraram os fótons. Como não se sabe qual fóton veio de qual átomo, os fótons ficaram "entrelaçados", significando que o comportamento das duas partículas pode ser explicado por apenas uma equação, embora não estivessem no mesmo lugar. E, estranhamente, já que os fótons foram emitidos pelos íons, os dois íons também se entrelaçaram.

"Essa é a mágica do entrelaçamento," disse Monroe. "Agora, os átomos estão entrelaçados. Os fótons não são mais importantes." A informação no primeiro íon foi então medida de uma forma que não a revelou e que a teleportou ao segundo íon.

Pela repetição do experimento e com muitas medições do segundo íon, os pesquisadores de Maryland e da Universidade de Michigan confirmaram que o segundo íon continha a informação que havia sido originalmente escrita no primeiro íon. O método não é particularmente prático no momento, porque falha quase todas as vezes. Apenas uma em cada 100 milhões de tentativas de teletransporte é bem-sucedida, levando 10 minutos para transferir um bit de informação quântica.

"Precisamos melhorar isso," disse Monroe. Mas ele disse que uma taxa de sucesso de um em 10 mil seria alta o suficiente para alguns usos. Tais sistemas poderiam ser usados como "repetidores quânticos" - lendo a informação de um fóton e então marcando essa informação em um novo fóton para o próximo salto de sua jornada de comunicação.

The New York Times

Tecnologia permite leitura 100 mil vezes mais rápida de HDs


Uma tecnologia laser de impulsos ultracurtos permite multiplicar por 100 mil a velocidade de leitura e arquivamento de discos rígidos de computador, segundo os resultados de pesquisas divulgados neste domingo por uma equipe científica francesa na revista especializada Nature Physics.

Em vez de utilizar a polarização de elétrons nas cabeças de leitura para ler informações ou escanear as mesmas em um suporte como um disco rígido ou uma fita magnética, a equipe liderada por Jean-Yves Bigot, do Instituto de Física e Química de Materiais de Estrasburgo (leste da França), utilizou fótons, as partículas que constituem a luz e emitem os raios laser.

"Com a escrita da cabeça magnética falamos de eletrônica do spin. Nosso método é a fotônica do spin, já que são os fótons os que modificam o estado de imantação dos eletróns no suporte de inscrição", explicou Bigot.

Em 1988, o francês Albert Fert e o alemão Peter Grunberg conseguiram controlar o estado dos elétrons em fitas finas depois de evidenciar uma propriedade denominada magneto-resistência gigante. A descoberta valeu o prêmio Nobel de Física em 2007.



fonte:terra.com.br

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CAMPANHA: POSA LOGO GEYSE ARRUDA!!!!

pois bem o fato da geyse arruda poder sair na playboy esta gerando a ira das barangas e a expectativa dos punheteir...digo, homens!!!

como visto na pergunta do y!respostas

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091112051155AAGVBVW


estou na espectativa de ver aquela bunda gostosa

que ela eh gostosa ninguem pode negar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

GEYSE ARRUDA É SONDADA PELA PLAYBOY

A estudante Geisy Arruda posa com o vestido que provocou a polêmica na Uniban Foto: AP

A universitaria que foi agrdida pelos favelados, estupradores , viados e mulheres feias na UNIBAN(UNIversidade de BANdidos) esta sendo sondada pela playboy.a visibilidade que ela alcançou e o corpo sarado com umrostinho de menina deixou os homens(machos de verdade) revoltados e cheios de pensamentos impuros.

agora é esperar pra ver

sábado, 7 de novembro de 2009

FIM DA REGRA DO IMPEDIMENTO


PELA MINHA REGRA SERIAM CRIADAS 2 ÁREAS DE ATAQUE, (4) QUE DELIMITARIAM O PASSE.

ASSIM O JOGADOR SÓ PODERIA PASSAR A BOLA PARA OS JOGADORES QUE ESTIVESSEM DENTRO DA MESMA ÁREA QUE ELE E NÃO NUMA ÁREA DIFERENTE(1)

SE O JOGADOR ESTIVER DENTRO DE UMA DAS "ÁREAS DE ATAQUE" PODERÁ PASSAR PARA O JOGADOR QUE ESTIVER DENTRO DA MESMA ÁREA OU VOLTAR A BOLA.(2)

SE O JOGADOR FORA DA ÁREA PASSAR A BOLA PARA UM QUE ESTEJA DENTRO DA ÁREA É MARCADA INFRAÇÃO.

ASSIM OS JOGADORES TERÃO QUE FICAR FORA DA ÁREA PARA RECEBER A BOLA E OS ZAGUEIROS OS ACOMPANHARÃO.QDO UM JOGADOR ADENTRAR A ÁREA AI OS JOGADORES O ACOMPANHARAM PARA PODER FAZER A JOGADA, BEM COMO OS DEFENSORES APERTARAM A MARCAÇÃO PARA EVITAR O GOL.

ASSIM SERÁ O FIM DA "BANHEIRA" E TAMBÉM DAS POLÉMICAS COM GOLS MARCADOS ILEGALMENTE POR ATACANTES IMPEDIDOS ,QDO NEM MESMO COM CÂMERAS DA PRA SE TIRAR A DUVIDA.